Entrevista com 2º lugar na CFrm – Engenharia Mecânica – Henrique Dantas

Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Qual sua idade? De onde você é? Qual sua formação?

Meu nome é Henrique Dantas, nasci em Vitória-ES. Me formei em Engenharia Mecânica no final de 2020 e atualmente estou finalizando o meu mestrado, também em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal do Espírito Santo.

 

O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

Meus pais são servidores públicos e sempre falaram para seguir pelo mesmo caminho. Então comecei a estudar um pouco antes de me formar e já prestar alguns concursos militares na época, pois não gostava de estudar a parte de Direito. Depois que me formei, comecei a estudar e procurar algum emprego para bancar alguns estudos, mas só que não conseguia encontrar nenhum emprego depois meses procurando, a partir desse momento, decidi então focar muito para passar em um concurso. Ingressei no mestrado para continuar estudando em um ambiente acadêmico e seguir com minha rotina de estudos para concurso em paralelo.

 

Durante sua caminhada como concurseiro(a), você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Eu comecei a estudar para concurso um pouco antes de me formar e depois ingressei no mestrado. Eu conciliava os estudos para concurso com os estudos do mestrado, dando prioridade em alguns momentos aos concursos – perto da data da prova – e outros momentos, mais ao mestrado – para entregar algum trabalho ou relatório.

O que me ajudou bastante durante a minha preparação foi organização para conseguir conciliar a rotina de estudos para o concurso e chegar bem e descansado na prova com as minhas obrigações no mestrado.

 

Quantos e em quais concursos já foi aprovado(a)?

Dentro das vagas, até o momento, fui aprovado apenas no IME-CFrm 2022-2023.

Comecei a estudar para concursos em 2019 e estava focado nos concursos do Corpo de Engenheiros da Marinha (CPCEM). Em 2019 eu fiz a prova apenas como “treineiro” e consegui passar para a segunda fase, fiz 14 de 20 questões na primeira fase e 11 pontos de 80 na segunda fase, então percebi que tinha um grande desafio pela frente por conta dessa “péssima nota”.

Em 2020, eu estava conciliando os estudos para o CPCEM com o TCC da faculdade, queria fazer apenas a primeira fase (consegui fazer 18 de 20 questões) e me ausentar na segunda fase, pois as datas da defesa do meu TCC e concurso estavam muito próximas (foi na mesma semana praticamente). Eu acabei fazendo a prova da segunda fase sem estudar e consegui tirar pouco mais de 30 pontos de 80. Vi que tive uma melhora bem significativa sem estudar muito em 2020 e decidi ir com tudo em 2021.

Quando me formei, tentei buscar emprego e não conseguia, paralelamente eu me inscrevi para ingressar no mestrado na UFES e fui estudando para o concurso de 2021. Mas nesse ano, pela primeira vez abriu vaga para Engenharia Mecânica no concurso do IME, estava muito em dúvida se iria prestar o CPCEM ou o CFRM também, já que eu tinha muita dificuldade com linguagens, que é cobrado no CFRM. Decidi virar o leme totalmente para o CFrm e tentar bater o edital em linguagens em dois meses, mantendo a bagagem para a específica por meio de simulados e provas anteriores da marinha. No concurso de 2021, fiquei com nota para passar, mas fui eliminado no inglês pois não consegui terminar a prova – detalhe que sobrou uma vaga nesse ano que não foi preenchida.

Em 2022, continuei seguindo com a minha rotina, agora aparando as arestas e analisando os erros que cometi no ano passado para não os cometer novamente. Senti que cheguei no dia da prova específica muito bem e que consegui dar o meu melhor, mas que no dia seguinte, fui um pouco mal em linguagens e tive muita ansiedade depois pois estava com medo de que novamente eu poderia ser eliminado. Mas quando saiu o resultado no início de dezembro e vi que estava dentro das vagas, a ficha demorou bastante para cair.

 

Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados?

No início a ficha até demorou para cair, mas depois veio a sensação de alívio e de dever cumprido. Foi uma sensação muito boa e que estava com muito medo de que talvez eu nunca pudesse alcançar.

 

Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Desde pequeno, sempre tive muita aversão aos estudos, gostava mais de jogar no computador e vôlei com os amigos. Faltava algumas aulas para jogar, mas sempre buscava me sentar na frente da sala e prestar atenção ao máximo na matéria para que eu pudesse aprendê-la.

A chave virou quando eu decidi estudar para concursos, pois já estava com alguma sensação de que não iria ser nada fácil buscar emprego depois da faculdade. Então diminuí bastante sair e jogar para focar nos estudos (não cortei completamente, pois o descanso também faz parte para assimilar o conteúdo). Então levava algumas questões de provas antigas para alguns professores e eles até comentavam sobre o concurso e davam algumas dicas ou formas de como fazer a questão ou de bons materiais para que eu pudesse me aprofundar no conteúdo.

Como eu tinha o privilégio de morar com minha mãe, algumas rendas que eu tinha, eu investia para estudar para concurso e dedicava boa parte do dia para estudar. Eu não anotava horas-líquidas de estudos, eu fazia algum planejamento da semana ou do mês e botava na cabeça: “até o final dessa semana, preciso saber Orações Subordinadas” por exemplo. Depois a revisão eu fazia por meio de questões ou simulados.

 

Você é casado(a)? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro(a)? Se sim, de que forma?

Em 2022, estava solteiro e morando com a minha mãe. Meus pais são separados, mas moram relativamente próximos. Por eles serem servidores públicos, me apoiaram bastante nessa jornada, seja respeitando o momento que eu dedicava aos estudos ou até mesmo ajudando um pouco financeiramente e encontrando alguns outros concursos que estivem na “mesma área” para que eu também pudesse prestar.

 

Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior? (Se esse ainda não é o concurso dos seus sonhos, se possível, citar qual é, se pretende continuar se preparando para alcançar esse objetivo)

Essa é uma questão muito pessoal, acho que se você almeja muito um cargo em específico (Engenheiro Mecânico do IME), deve focar apenas em um concurso. Agora, se você almeja um cargo um pouco maior (Engenheiro Militar), pode expandir para o CPCEM, EAOEAR e os temporários. O que eu acho que vale mais para definir a sua preparação são duas perguntas: O que eu quero? e Qual prova eu tenho mais chance de passar?

 

Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso em que foi aprovado(a)?

Desde 2019, foram 4 anos estudando e fazendo concursos, mas com o foco de ser estudar exclusivamente para aquele concurso e depois que me formei foram estudar 2 anos para montar a minha base suficiente para a específica e para os conhecimentos básicos (Português, Inglês e Redação – para o CFrm – e Cálculo e Física – para o CPCEM).

 

Durante a fase pré-edital, como fazia para manter a disciplina nos estudos?

Por conta das provas militares acontecerem anualmente e em datas esperadas, eu buscava manter a mesma rotina de estudo para o pós-edital, conciliando com minhas obrigações com o mestrado e, também, com o descanso. Sempre com planejamento para chegar no dia da prova bem e descansado.

 

Como conheceu o Organiza Concursos?

Em 2021 quando não passei no CFrm, meu amigo Rigamonte passou nesse ano e me ajudou durante a minha preparação em 2022. No decorrer do ano, ele foi chamado para ser professor no Organiza e acabei conhecendo o curso.

 

A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana anterior à prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Durante a semana de prova, eu peguei leve, pois as provas militares são bem pesadas e é fundamental que chegue na prova bem. No dia anterior à prova, uma leve revisão de algumas matérias que são mais “decoreba” e de alguns assuntos que possam cair na redação. Para o CFrm que a prova é durante a semana, eu realizei um simulado quarta e quinta na semana anterior e outro simulado no sábado e domingo. Depois descansei na segunda e fiz uma breve revisão na terça.

 

Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Erros:

– Não saber controlar bem a ansiedade;

– Achar que sua bagagem não é suficiente para a prova; e

– Focar bastante em uma matéria exclusivamente em alguns momentos e acabar deixando de lado as outras matérias.

Acertos:

– Persistência ano após ano; e

– Focar em resolução de questões (já treinar resolver elas à caneta e sem calculadora é fundamental para o cfrm).

 

O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?

Os concursos militares têm o lado bom de abrirem todo ano, mas geralmente são poucas vagas em comparação com outros concursos. A cada reprovação vem aquele pensamento: poxa, mais um ano estudando.

Não me deixei levar por isso, olhe para toda bagagem/conteúdo que você aprendeu e analise seus erros para o próximo ano. Mesmo estudando bem pouco de 2019 para 2020, eu elevei muito a minha nota. Saindo do zero em português, eu consegui ir bem na prova do CFrm em 2021, sendo “apenas” vencido pelo tempo, fator que treinei arduamente para não ocorrer em 2022.

 

Qual foi sua principal motivação?

“Nós somos o que fazemos repetidamente, a excelência não é um feito, e sim, um hábito” – Aristóteles.

Mentalizei muito essa frase durante a minha preparação em 2022, se você está fazendo sua preparação conforme planejado, indo bem nos simulados, e analisando bem os erros, há boas chances de ser aprovado.

 

O que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Aquela frase que falam: “concurso não é uma corrida de 100m raros, mas sim uma maratona” é a mais pura verdade. A persistência é fundamental para a sua aprovação.

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Felipe lamber

Cargo Atual

Engenheiro Civil

Professor de

Engenharia Civil

Formação

  • Bacharel em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa (UFV)

  • MBA em Gerenciamento de Obras, Qualidade e Desempenho da Construção (IPOG)

  • Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho (UCAM)

Aprovações 

  • Auditor Fiscal de Controle Externo – Área Engenharia Civil – TCE-SC (2022)

  • Auditor do Estado Esp. Engenharia Civil – Secont-ES (2022)

  • Auditor de Controle Interno – Obras Públicas – CGE-CE (2019)

  • Engenheiro Civil – Instituto Federal do Espírito Santo (2019)

  • Engenheiro Civil – Prefeitura de São Paulo (2018)

  • Engenheiro Civil – Prefeitura de Colatina (2017)
    Auditor de Controle Externo Esp. Engenharia Civil – TCE-PA (2016)

  • Engenheiro Civil – Prefeitura de Santa Maria de Jetibá (2016)

  • Engenheiro Civil – Prefeitura de Nova Friburgo (2015)

Sou o Felipe Layber Mota, engenheiro civil formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), atuante na área privada, bem como no âmbito público há 8 anos. Apaixonado por engenharia civil, dedicarei esforços máximos para auxiliar você a alcançar o cargo público pretendido. No que se refere à experiência com concursos públicos, faço provas desde 2015. Nesse período, participei de 25 certames, os quais resultaram em 19 aprovações. ​ Importante destacar que em 2022 me preparei como aluno do Organiza, e, estudando de maneira comprometida, conseguir ser aprovado nos concursos da Secont-ES e TCE-SC. ​ Aos que me leem, desejo boas-vindas e me coloco a disposição para contribuir como puder para a sua aprovação. Podem contar comigo e vamos para cima!